Se você me perguntasse qual o grande problema,
não sei se saberia responder
também não creio que viesse a perguntar,
ou vontade tivesse de saber
foi sempre esse nosso jogo...
eu me importar e você ser...
você
porque queria que fosse alguém diferente...
confundi meus sonhos com os seus
Eu poderia dizer que foi a mágoa,
o abandono
o castigo por eu ser bom,
ou ser ruim
por eu não obedecer
Ou então que foi o roubo
porque quando vejo algum pedaço
algum detalhe que sei ser meu
sinto cada pedaço que não encontro
porque tudo que tinha agora é seu
Ou seria a indiferença
o quando você resolveu
que eu não seria equacionado
decisão que tomou
no momento em que me conheceu
Talvez seja minha solidão
os dias vazios... o ciúme...
o desejar e o não ter
o querer não querer
Nessas horas, eu me pergunto
se ele tem os dez quilos que nunca tive
se tem uma bunda empinada
se tem a voz masculinizada
se faz o avião não tremer
Me pergunto se ele já foi à sua casa
e qual o arranjo monetário
que faz seus passeios fluir
Me pergunto se você é feliz
porque ele não chora quando te abraça
ou se lembra com saudade
ou desprezo
de um amor que jamais te tocou
Se ele observa você no banho
e se você retorna o olhar
ou vira o rosto
porque banho é banho
e nada mais
Se os dias são apenas presentes
jamais futuro
por que?
por que pensei em seu por vir
se nem no então te tive?
Então o que mais me mata
é imaginar que talvez andem de mãos dadas
e façam planos de dividir e sonhar
e que tenham uma vida
por que tanto implorei
e não pude ter
porque quis demais
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