sexta-feira, 22 de julho de 2011

Something about the past

There's something about the past
that keeps drawing me
and I cannot escape from it
no matter how hard I try

or maybe I do not try

so I figure I might just have to stay
or pray it will let me go
but I do not want to go.

There's something about the past
about this whole creation
I feel it's killing me
or letting me breathe.

Or else how would I breathe.

There's something about things
I do not know
or touch
There are ways to say it right
or not say it at all.

And now I feel
it is gone.
And it's gone.

sábado, 16 de julho de 2011

Eu não estou

Se um dia as coisas mudarem,
e o dia parecer um pouco diferente,
o futuro muito incerto
e o peso do passado
não mais se arrastar.

Se as mesmas palavras
já não forem mais as mesmas.
O som permanecesse
e mudasse ao mesmo tempo.

Se você, afinal, arrepender-se de cada ato
que fez ou deixou de fazer.

Eu estarei aqui.
E não estarei aqui.
Porque já não sou mais.

Então eu virarei o rosto a você
e não poderia jamais perguntar
como estou.

Eu não estou.

E, se mesmo assim,
eu insistir em não fugir,
saiba que é o que mais queria.
Fugir do que o futuro não trará
e o passado devastou.

Se um dia as coisas mudarem,
quero que lembre
que tudo já mudou.

Então não volte jamais
sua cara para mim novamente.

E não pergunte como estou:
eu não estou.

Homem de ninguém

Há quase 3 anos, eu conheci alguém que se nomeava 'homem de ninguém'. Era um pequeno nome, que queria dizer muita coisa. Era um pequeno homem e não me disse muita coisa. E desde aquele primeiro encontro de um novembro que insiste em me seguir, eu me tornei esse novembro que insiste em não seguir.

Eu quis mudar esse nome. Foram os anos em que depositei a esperança de finalmente mudar. O ninguém não se transformaria em todos, mas certamente seria um: eu. E entre indas e vindas, perdas e derrotas, eu finalmente fui excretado.

Aprendi (aprendi?) que um nome não é nada além disso. E mesmo sua força simbólica desmancha pelo ar... basta seu possuidor assim o desejar. Ele já não é homem de ninguém. Ou sempre assim será. Ele já não é homem, e eu já não sou ninguém. E o um virou outro. E o outro virou mais um.

Agora eu sou homem de ningúem e o novembro é mais um mês. É o único mês. E eu não sou ninguém.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Somos eu o construí

Certa vez concluí que o dia ainda não chegou
ou já passou, ou dia jamais o foi.
Porque o tempo somos eu o construí.

Foi-se o tempo de partir e agora
somos o que restou.

Hoje eu passei a ser gente.

E de repente gente já não mais sou
Porque somos o que construí.

As minhas peças, cadê?
O dia ainda não chegou,
e se já chegou
eu já parti.

Então se eu me canso
me leito ou me levanto,
nada irá mudar.