sábado, 30 de junho de 2012

Plans

Today something strange occurred to me...
some strange desire to change it all;
to resent past decisions as if they were
nothing compared to this right now.

And I thought about calling you up
or letting you know
that I've been thinking about you
that I want you here.


To keep to plans once we shelved
as they aimed at something
I cannot let go of...
Will I fall through?


So now I anxiously and silently wait
for it.
Will I procure it; or
Will I go to waste?

terça-feira, 19 de junho de 2012

A ponte

Então tirei uma foto da ponte com a câmera de meu telefone. Registrar este momento parece fazer sentido; não é todo dia afinal que cruzo cento e vinte quilômetros para ter a chance de ver alguém. É engraçado as pessoas passando. Não são muitas, é verdade. Muito provavelmente, não vieram de tão longe ou, se o fizeram, não tenha sido hoje o dia. Hoje o dia, entre todos os dias, eu resolvi seguir o que dizia o meu coração e tentar amar novamente. Talvez não tenha sido justo com ele... colocar esse peso da decisão. O que fariam os homens médios ao descobrir que um estranho veio em sua busca? Entregar-se-iam porque, como se sabe, o amor é algo tão raro? Ou fugiram porque, tão claro, abundantes são as enganações? 
Foi estranho chegar àquela cidade aonde nunca tinha ido. Passear pelas ruas que, mesmo desconhecidas, eu conhecia tão bem. Depois de estacionar o carro, caminhei diretamente em direção à sua casa. Percebi as ruas, as construções, os parques... era um belo dia! Apesar de nenhuma nuvem pairar no céu, o ar estava fresco, e a paissagem tão nítida. Que alegria poder encontrá-lo justamente naquele dia! 
Quando cruzei a última rua e finalmente estava em frente à sua residência, era como se aquela fosse uma de tantas vezes. Eu já estive aqui - meu coração palpitou. Eu já estive aqui e não sabia exatamente o que ele iria dizer. Eu esperava profundamente que fosse uma surpresa, uma alegria. Coloquei-me em seu lugar e imaginei como seria acordar e descobrir que o amor de minha estava finalmente aqui... a poucos metros de distância. Mas estava nervoso em descobrir outra verdade. Não eram meus sentimentos afinal que julgariam minha atitude inusitada; seriam os dele. Como veria essa invasão de sua privacidade? Queriria que eu estivesse ali? Talvez nossas trocas confessionais não fossem que um jogo, uma distração. Talvez eu fosse o único envolvido e estava prestes a desmantelar a charada.
Não foi por acaso que minhas mãos estavam então trêmulas. E, ao enviar a mensagem que revelaria meu paradeiro, por aqueles curtos instantes, eu secretamente desejei não estar ali. Não estar a transbordar todo meu amor em um ato espontâneo e aparentemente ausente de receio e razão. Foi talvez por isso um alívio, um despesar tão grande quando ele respondeu dizendo que sim. 
Combinamos que eu iria para o calçadão depois do almoço - já passavam das onze - e ele iria lá me encontrar. Pegaria sua bicicleta e diria para os pais que daria uma volta por algumas horas. Seria talvez aquela minha refeição mais longa... tão pouco tempo para imaginar um futuro tão grande. Então quando caminhava de volta ao centro da cidade, os detalhes eram ainda mais belos, e minha familiariedade com o local tornou-se figura de linguagem: poética e tão encantadora.
Eu olhava para as pessoas na rua e sorria. Até o sons dos carros passando, que até apenas me aborreciam, pareciam agora instrumentos em uma orquestra. Era um sentimento tão bom... de estar vivo! De saber que em pouco tempo eu seria testemunha de um momento tão querido de minha própria vida. Que finalmente o acordar de cada dia ganharia algum sentido além da própria sobrevivência. Seria isso então estar apaixonado? Dar à vida algum propósito... o que o trabalho, a família, os amigos apenas distraíam... esse passar do tempo seria apenas um preparo para o que realmente importava? Parecia que sim. Parecia que eu estava preste a descobrir o que por que tanto esperara. E isso me fazia ridiculamente feliz.
E agora eu estava ali. Sentado no banco do calçadão... olhando o horizonte à espera do garoto que mudaria a minha vida. E eu tirei uma foto da ponte que marcava a paisagem... cento e vinte quilômetros haviam me separado por tantos anos do que eu mais queria: alguém que cuidasse de mim. Alguém que, em meus momentos difíceis, tornasse a vida suportável. Naquele instante, percebi que minha decisão não foi deveras uma decisão. Não havia escolha. Ir para lá e sentar naquele banco era minha única chance de permanecer. E meu coração oco, que até então apenas se mexia, passou a bater com força... passou a fazer música. 
Tudo que importava estaria ali. Então eu esperei. E esperei. Peguei o telefone e vi a foto a da ponte. Ela não estava lá... ou, ao menos, não se podia claramente ver. Uma cerca a encobria. Talvez ela fosse baixa demais, ou eu não escolhera o ângulo correto. Então olhei para o céu... não estava mais azul. Estava encoberto de nuvens que não iriam chover, mas também não iriam embora. E olhei para as pedras que preenchiam a calçada, e vi que ninguém mais sobre elas pisava. Eu estava lá, sozinho. No horizonte, não havia bicicletas. Não havia nada. Então eu levantei, caminhei em direção ao carro e voltei para casa.



  

domingo, 17 de junho de 2012

the dark day

you said today would be your dark day
when you'd spend the hours thinking
about what you regret and what
you cannot help

you said today you'd feel bad about your life
about the unfairness it sprang upon you.
so i nodded in compassion
and felt compelled to loving you instead.

now i see the cost of it.

you said today would be your dark day
but it might as well just be mine.


sábado, 16 de junho de 2012

Ato perfeito

Há culpa na derrota
na memória de quem
já não pode mais...

Não há mais energia para pedir
nem para permanecer no lugar
então devo deixar o arbusto
em casulo o lar.

Tão exaustivo
lutar em uma batalha
que ainda nem começou.

Meu amor gratuito
consumista
exauriu-se na cláusula
que o criou.

Ato perfeito
não é o apto
a produzir seus efeitos...
inexatidão.




sexta-feira, 15 de junho de 2012

The Wrong

Today I needed you so badly
and I tried to reach you
though I was not supposed to.

I got no answer as usual
and I wasn't even allowed to question it
for asking for love apparently drift us apart.

It's been so hard  to love less
in order to be with you.
I'ts been hard to hear no's
when all I need is a yes.

Am I really being selfish?
Have I really gotten this all messed up...

To be afraid all the time of your disappearance
if I say the wrong words...
if I do the wrong things...

And I don't even have the courage
to ask if you've read it.
And I don't even have the courage
to imagine you'd be gone.

Then what am I doing here?