segunda-feira, 23 de maio de 2011

É o que me resta.

Certas horas, as coisas perdem o sentido. E sei que não faço muito sentido, que não faz muito sentido, mas eu realmente preciso negociar com a existência.

Quando Newton ensinou-nos sobre a ação e reação, logo foi roubado de seu universo de trabalho para um empréstimo às relações sociais. Pois esse tem sido meu mal: excesso de ação. Sofro a ação do tempo, dos jogos de casais, do mundo do emprego. Não recebo uma folga. Não cometo uma foda. Eu grito agora que não é justo!

Que merda, existência. Parece que desaprendeu a terceira lei. Tão clássica! Não quero ficar em apenas palavras, quando palavras ainda estão a faltar.

E quando me dou por mim, percebo a bobagem. Negociar com a existência não é apenas estúpido, mas também perigoso. É nessas horas que eu desejo uma vidente em um chaveirinho, porque não dá mais para esperar.

.... Eu paro e sento. Olho para calendário marcando em página avançada o dia 21. É... esperar o fim do mundo é tudo que resta.

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Em homenagem a Ester Moraes de Andrade.

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