sábado, 17 de setembro de 2011

O voo

Já são meses que nos separam
como se anos não fossem
na esperança de que
finalmente sinta assim.

Mas a verdade é que o tempo não passa
quando o pensamento é um só.
E quanto mais tento fugir
mais sei estar em lugar nenhum.

Então deixarei os anos serem anos
porque o fim não é misterioso:
revelou-se no dia que olhei em seus olhos
e soube que seria sempre seu.

Pois é esse o destino que escolhi:
amar você até o fim
apesar de não ser você
que no fim estará comigo.

E poderia até dizer que vivo
como o último voo
de quem jamais saiu do chão.
Não é bem assim...

Não foi um voo que partihei com você.
No fundo, eu sei que nunca esteve lá.

Na verdade, vivo
como o erro redundante
e recorrente
que insiste e insisto
em evitar.

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