quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O barco

Eu poderia usar o indefinido infinito como conforto
ou mesmo começar a contar os dias em reverso...
nada irá mudar.

Porque os novos apetrechos são detalhes
e não consigo preencher-me.
Vigora o tempo e agora
cabe-me apenas esperar.

Eu poderia dizer que é minha escolha
ou torná-lo como tal
mas o que são escolhas em um mar aberto
onde todo lado é um destino a esquivar?

Então eu lembro do passado que abraço
e deixo o barco à deriva
não há caso que almejo
ou se almejo, não o vejo prosperar.

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