terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Pouco

O que ele quer de mim? Por que está aqui? Nossas conversas um pouco estranhas, deslocadas. Estou a pensar demais. Penso, penso. E me vem à cabeça outro. De novo? Mas não o mesmo. Esse novo. Que há pouco mandei para puta que o pariu. Mandei para longe. Para sempre. Porque cansei de esperar.

O que quero dele? Se é pouco (sempre é pouco, sempre é pouco). E imagino quando não mais nessa fadiga. É tão pouco (sempre, sempre!). Eu peço o quê, afinal? Tiro os outros, me entrego, chamo de amor (sem chamar de amor). Faço tudo.... por quê? Se agora outro vem à cabeça. (Por isso veio à cabeça?)

Jogo para fora, pouco caso. Ou deixo de molho. Ou espremo tão forte que escapa pela mão. Faço tudo... por quê? Se nem eu sei o que quero de mim. 




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