segunda-feira, 8 de abril de 2013


As vezes que te vi depois que nos separamos me tocaram de forma diferente. Você deve ter percebido isso. Na primeira, chorava incessantemente; na segunda, permaneci quase mudo; e nas últimas consegui fingi certa compostura. Você não pareceu - mesmo que de relance - ter mudado muito. Provavelmente não o fez. Provavelmente ainda detem muito daquele garoto de 18 anos que conheci na primavera de 2008.
São alguns os pontos que me ligam a esse passado, são como nós que não me deixam desmanchar... ou  mover muito. Por isso, é difícil classificá-los em bons ou ruins (embora fazê-lo seja grande parte de meus passatempos). Um deles era o ar de mistério que mantinha, como se guardasse algum segredo com o qual não saberia lidar, ou que não poderia entender. Talvez tenha sido essa a maior inspiração para o livro (o qual até hoje não sei se leu, porque sobre ele nunca comentou). Mas sabe... eu não acho que havia segredo nenhum, ou, no máximo, tratava-se um segredo inventado.
Isso não é necessariamente ruim. Também não creio que tenha sido algo intencional. As minhas reações certamente não são o melhor termômetro.
Mas dizem alguma coisa. Você se lembra de quando falei que haveria um preço? Que sua decisão de partir implicaria algo? Você possivelmente soube - ou já sabe - do que falava. Chorei, parmaneci calado, fingi compostura. Finalmente, jamais o  (a)paguei.  

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