Já faz um tempo que tento a distância, que apaguei as evidências, que disse a mim mesmo que devo esperar.
Já faz um tempo que não sorrio com tanta frequência, ou tão espontaneamente. Que eu faço as vezes de quem precisa lutar.
E quanto mais passam os meses, e chegam os anos, e a vida acontece... mais eu me sinto refém da espera, da esperança que há de acabar.
Certamente esbarrar com você na rua não ajudou. Lembrar que você é pessoa e não apenas um fantasma em minha imaginação.
Então eu faço de conta que está tudo bem, e prossigo. E desmorono a cada passo porque já não sei fingir.
E você tão de longe, e tão de perto. E tão ausente, porque sei que o fantasma é só meu, que apenas eu sou assombrado.
Então desmorono a cada passo, porque já não acredito em esperar. O tempo acabou, e eu acabei.
não sabia que você escrevia tão bem. Adorei!
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