sexta-feira, 5 de abril de 2013

Reflexo

Por vezes ouvi sobre a busca da essência;
das pessoas que acreditam num mundo platão
e na plenitude da vida ao encontrá-lo.

Como se houvesse um certo e um errado;
ou o bom e o malvado;
ou, ao menos, o querido.

Que tarefa difícil:
procurar no espelho os defeitos
que seu falso eu deixou!
Conseguiria afinal distinguir
da imagem que entristece
aquela que realmente não sou?

Não o creio.
Tudo não passa de medo...
de aceitar a feiura,
ou mesmo de querer
sua objetividade.

Então olho no espelho agora
e não tentarei reconhecer a face
que gostaria de ter.
Tampouco a desejarei.

Não se trata de haver...
(verbo impessoal)
esse rosto.
Trata-se de haver
(verbo impessoal!!!)
essa inquietação...



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