Seria melhor se eu simplesmente não reconhecesse a imagem do espelho;
seria mais fácil, menos dolorido e quiçá lugar feliz.
Se me convecesse que não fui eu... ou que foi um momento.
Que não sou essa pessoa... pessoa?!
E seguiria a caminhar.
Mas fui eu. As palavras foram minhas. Escolhi assim.
E agora pago.
Certa vez disse Ester ser a vida um 'apesar de'.
E como queria que estivesse certa;
que esteja certa.
Pois apesar de, ainda vivo... estranhamente talvez.
Essa existência que me cotorce os ossos
e aperta o nó que coloquei na garganta.
Se ao menos fosse apesar de vivo
apesar de tudo, a cura não logrou.
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